Os fabricantes de cadernos também produzem suas espirais e em
uma pesquisa na internet você encontrará vários fabricantes de espirais de
plástico e de arame; por isso só sobra uma pequena fatia desse mercado para
pequenos fabricantes. Essa fatia é a de espirais para apostilas. Os
consumidores de tais espirais são colégios particulares e faculdades. Eles
compram essas espirais unicamente pelo preço, por isso, agregar valor a elas é
uma tarefa árdua e ingrata.
Esse mercado tem muita sazonalidade, o que quer dizer que a
procura por espirais é maior no começo do ano letivo e praticamente nenhuma na
época de férias.
A vantagem de optar por fabricar espirais é que o custo das
instalações é pequeno. Uma extrusora de 30mm, um moinho de 200mm e bastante
disposição para prospectar clientes.
As espirais podem ser feitas de vários materiais, mas as
mais comuns são de PVC e de PET. O PVC foi muito utilizado no passado e era de
fácil produção, mas hoje em dia custa achar matéria prima, já que as garrafas
de PVC praticamente deixaram de ser fabricadas e os produtos de PVC que você
encontra no mercado não dão a dureza necessária para fabricar espirais. Isso
mesmo, as espirais precisam ter uma certa dureza e resistência para manter a
sua forma depois de esfriar no processo de fabricação, e como as garrafas
precisam das mesmas características físicas na sua produção são ideais para
confeccionar espirais. Sobraram as garrafas de PET. Só que o PET é trabalhoso
de processar. Primeiro ele é higroscópico: quer dizer que se você colocar PET
moído no funil da extrusora, junto com ele você estará colocando umidade. Como
a maioria das extrusoras tem uma entrada grande que é o funil e uma saída estreita
que é a cabeça, a umidade se acumula no meio da rosca e como existe
folga entre rosca e canhão, a umidade que a essa altura já virou gás não
consegue ser empurrada para a frente. Com isso o material para de descer no
funil e a extrusora para de produzir. Se você abaixar as temperaturas corre o
risco de esta ficar pulsando (manda material e para). Para solucionar o
problema você precisaria de um desumidificador. O problema que
desumidificadores costumam ser caros e de baixa produção. O pessoal que recicla
PET costuma aquece-lo antes em um aglutinador e usá-lo quente, dessa forma
diminuem muito os problemas com umidade. Outro método é fazer com que o
cabeçote esteja a poucos centímetros da agua. O motivo é que o PET é um produto
com muita fluidez para ser injetado na forma de prefôrmas. Depois estas prefôrmas
são esquentadas e sopradas e materiais para injeção precisam ter grande fluidez
para preencher os moldes.
PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE ESPIRAIS