terça-feira, 21 de novembro de 2017

FABRICAÇÃO DE ESPIRAIS

Os fabricantes de cadernos também produzem suas espirais e em uma pesquisa na internet você encontrará vários fabricantes de espirais de plástico e de arame; por isso só sobra uma pequena fatia desse mercado para pequenos fabricantes. Essa fatia é a de espirais para apostilas. Os consumidores de tais espirais são colégios particulares e faculdades. Eles compram essas espirais unicamente pelo preço, por isso, agregar valor a elas é uma tarefa árdua e ingrata.
Esse mercado tem muita sazonalidade, o que quer dizer que a procura por espirais é maior no começo do ano letivo e praticamente nenhuma na época de férias.
A vantagem de optar por fabricar espirais é que o custo das instalações é pequeno. Uma extrusora de 30mm, um moinho de 200mm e bastante disposição para prospectar clientes.
As espirais podem ser feitas de vários materiais, mas as mais comuns são de PVC e de PET. O PVC foi muito utilizado no passado e era de fácil produção, mas hoje em dia custa achar matéria prima, já que as garrafas de PVC praticamente deixaram de ser fabricadas e os produtos de PVC que você encontra no mercado não dão a dureza necessária para fabricar espirais. Isso mesmo, as espirais precisam ter uma certa dureza e resistência para manter a sua forma depois de esfriar no processo de fabricação, e como as garrafas precisam das mesmas características físicas na sua produção são ideais para confeccionar espirais. Sobraram as garrafas de PET. Só que o PET é trabalhoso de processar. Primeiro ele é higroscópico: quer dizer que se você colocar PET moído no funil da extrusora, junto com ele você estará colocando umidade. Como a maioria das extrusoras tem uma entrada grande que é o funil e uma saída estreita que é a cabeça, a umidade se acumula no meio da rosca e como existe folga entre rosca e canhão, a umidade que a essa altura já virou gás não consegue ser empurrada para a frente. Com isso o material para de descer no funil e a extrusora para de produzir. Se você abaixar as temperaturas corre o risco de esta ficar pulsando (manda material e para). Para solucionar o problema você precisaria de um desumidificador. O problema que desumidificadores costumam ser caros e de baixa produção. O pessoal que recicla PET costuma aquece-lo antes em um aglutinador e usá-lo quente, dessa forma diminuem muito os problemas com umidade. Outro método é fazer com que o cabeçote esteja a poucos centímetros da agua. O motivo é que o PET é um produto com muita fluidez para ser injetado na forma de prefôrmas. Depois estas prefôrmas são esquentadas e sopradas e materiais para injeção precisam ter grande fluidez para preencher os moldes.

Livros de faculdade xerocados.



PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE ESPIRAIS





sexta-feira, 10 de novembro de 2017

ENCHIMENTO DE FACAS

Em 2010 eu escrevi uma postagem sobre enchimento de facas e muita gente me escreveu me informando de outras formas de enchimento. Fui trocando experiências com essas pessoas e hoje não mais faço o enchimento das facas como o fazia no passado. Na época eu tinha um medo enorme de empenar as mesmas, por isso soldava elas em uma bandeja com um pouco de agua e enchia com eletrodo UTP 670 a os poucos, demorava um tempão ate conseguir um enchimento de um centímetro de espessura. Mas sempre chegavam para mim facas cada vez mais desgastadas e fui percebendo que meu método não se adequava a facas muito gastas e judiadas.

Hoje encho facas com tal desgaste que se fosse no passado certamente teria descartado. O processo é o seguinte, complemento o desgaste da faca soldando um ferro de construção da espessura da faca ou um pouco menor na ponta desgastada, dessa forma o enchimento é mais rápido e gasto menos eletrodo.

Logico que para soldar com esse tipo de eletrodo não da com uma maquina de solda pequena desas que usam os serralheiros, mesmo usando eletrodos finos de 3,25. Agora se usar elétrodo grosso de 4 ou 5mm e uma máquina grande.


E com um pouco de experiência você descobre que o céu é o limite e em vez de um ferro de construção na ponta da faca você podo soldar três ou até quatro (nunca tente soldar mais do que quatro).


Logico que meter eletrodo sem dó numa faca a chance de empenar é enorme, mas aí você a desempena na prensa e depois é só afiar com a lixadeira.
                Não precisa cobrir a ponta da faca com eletrodo é só soldar com ela deitada e deixar o ferro de construção aparecendo no final, por que na hora de chanfrar a faca você acaba desgastando o ferro de construção e sobra somente os três ou quatro milímetros da solda dura nas fases e o miolo com um aço mais mole o CA 50 que é aço do ferro de construção (por sinal o comumente chamado ferro de construção não é ferro e sim aço CA 50).


Com esse processo você vai demorar vários meses para precisar encher de novo e ficam muito boas.