LINHA DE MOAGEM DE PEAD

A linha de moagem de PEAD pode ser feita aproveitando-se grande parte da linha de PVC.

O PEAD flutua, fica boiando na superfície da água, e pode ser retirado do tanque de diversas formas. A mais comum é uma esteira de malha de aço inox que carrega o material até a secadora. O restante da linha pode ser igual à de PVC, como mostra a figura 3.15.


Figura 3.15


Esta linha pode ser feita economizando-se a lavadora. Para isso, é necessário posicionar o moinho sobre o tanque, e acrescentar uma hélice no mesmo para retirar o material que se acumula por baixo do moinho, como mostra a figura 3.16.

Figura 3.16


Deve-se reparar que existe uma depressão da água na base do moinho provocada pelo funcionamento da hélice e uma tubulação para trazer a água da ponta do tanque até o começo do mesmo, tornando melhor a circulação da água.


Linha de reciclagem de PEBD


Existem vários tipos de linhas de reciclagem de filme de PEBD. A figura 3.17 mostra a que eu considero mais eficiente.


Figura 3.17


A linha começa com um elevador de fardos, uma plataforma e três esteiras paralelas, a do meio andando um pouco mais rápida que as duas laterais, e esta leva o material até o moinho como mostra a figura 3.18.

Os fardos de material são colocados na plataforma pelo elevador, são abertos por um funcionário que os distribui nas duas esteiras das bordas, estas andam muito devagar dando tempo para as mulheres irem retirando o material bom e jogando-o na esteira do meio que o levará até o moinho.

O material que não é retirado das duas esteiras laterais cai em dois “BAG’s” e pode ser posto de novo na plataforma para ser novamente escolhido, ou ser descartado como lixo. Com este processo evita-se que vá para o moinho material contaminante e lixo, os quais estragariam o produto final.



Figura 3.18


Um funcionário fica na boca do moinho controlando a velocidade da esteira para este não entupir.

O moinho tem uma peneira com furos de 3”.

O material depois que sai do moinho cai no primeiro tanque, e é empurrado para frente pela hélice e por um jato de água. Depois uma esteira de malha de aço inox o retira do tanque, e o leva para uma lavadora centrífuga. O material sai da lavadora e cai num segundo tanque para melhorar a limpeza do mesmo. Neste segundo tanque jatos de água, e pás ou garfos transportam o material até o fim do tanque onde é recolhido por outra esteira metálica e levado para as secadoras.

No silo com desumidificador o ar quente retirará o resto de umidade do material, e dessa forma estará pronto para ser extrudado.

O material que se acumula no silo está cortado, limpo, e seco. Mas não tem peso suficiente para descer no funil da extrusora, por isto esta deve possuir alimentação forçada.

A alimentação forçada não é tão simples de ser fabricada, requer bastante conhecimento e costuma não dar certo logo na primeira tentativa, mas compensa, visto que você se livra dos aglutinadores, que gastam uma energia enorme e tem uma produção muito pequena.

Existem empresas que fabricam extrusoras com alimentação forçada, mas o preço costuma ser bem alto.

A seguir segue uma explicação de como funciona um funil com alimentação forçada.

O funil possui uma rosca mais ou menos cônica, no qual as espiras de cima são bem maiores que as últimas, que ficam perto da rosca da extrusora. O passo também muda das espiras de cima para as de baixo, é como se fossem dois cones, um maior em cima de um cone menor, como mostra a figura 3.19.


Figura 3.19


É necessário um inversor de freqüência para controlar a velocidade da rosca do funil. Se esta for muito rápida o material empaçoca e não entra na rosca da extrusora. E se for muito lenta não conseguirá alimentar a rosca da extrusora regularmente, então, na saída do cabeçote o material sairá pulsando.

Conseguir que a rosca do funil mande a quantidade certa de material para a rosca da extrusora dependerá de “n” fatores: o desenho da rosca do funil, o seu passo, sua velocidade, etc. E tudo isso dependerá da rosca da extrusora que ela vai alimentar.

Tudo isso é muito empírico, e é difícil acertar no tamanho e a forma logo de início, mas caso consiga, seu custo industrial cairá significativamente por não precisar usar aglutinadores.

Acredite vale a pena se livrar dos aglutinadores, eles são um atraso de vida mesmo.

Freqüentemente as recicladoras optam por uma linha mais simples, sem esteira de seleção, sem secadora, silo e alimentação forçada na extrusora como mostra a figura 3.20.


Figura 3.20


O material sai das secadoras e por meio de uma ventoinha é jogado num quarto com paredes de malha metálica para permitir a saída do ar. Lá ele se acumula e um funcionário de tempos em tempos abre uma porta na outra extremidade e retira uma pequena quantidade para alimentar o aglutinador.

Este processo é muito ineficiente, já que se gasta uma enorme energia para secar o material que depois é novamente molhado no aglutinador. Mas por incrível que pareça a grande maioria das recicladoras de PEBD funcionam desse jeito.

3 comentários:

  1. Bom Dia , A alimentação forçada serve em extrusoras para fabricação de mangueiras de irrigação?

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    1. Serve sim. Eu consegui fabricar boas mangueiras de PEBD para irrigação e na minha extrusora tinha uma alimentação forçada feita por mim.

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