segunda-feira, 8 de maio de 2017

MOINHO PARA FABRICAÇÃO DE BRIQUETES

Quando vi estes moinhos entendi na hora por que quebravam com tanta frequência.  Eles trepidavam de tal forma que não se podia conversar perto que ninguém escutava.



Falei para o dono é só comprar um moinho de marca é esta todo resolvido. Deve ter no mercado moinhos desse tipo que atendam suas necessidades. Me respondeu existem moinhos similares muito bons, mas não me atendem, a produção é muito baixa. Fiquei intrigado e lhe respondi que ia estudar o caso.
                Primeiro descobri que não existem no mercado moinhos desse tipo com essa produção. Os moinhos de martelo que existem no mercado foram projetados para moer grãos e isso eles fazem muito bem. Mas não são projetados para moer galhos de árvore ou pedaços de madeira, para isso existem as forrageiras que foram projetadas para triturar galhos grandes e não galhos já triturados e que precisam ser triturados novamente. Os galhos e restos de madeira necessitam ser moídos a um tamanho bem pequeno para poder se fazer um bom briquete, se não este se desmancha ao sair da briquetadeira.  




Então estudei os moinhos problemáticos que mesmo sendo muito ruins tinham uma boa produção. Existiam vários deles todos parecidos, mas nenhum igual ao outro. Os rolamentos eram trocados quase mensalmente e os mancais não duravam seis meses por que como os rolamentos engripavam danificavam os mesmos.



Percebi o porquê de tanta quebra de mancais e rolamentos. Além de os rotores ser mal projetados e fabricados por pessoa sem nenhum conhecimento técnico quanto a empenamento por soldagem, os mancais eram fixados colados as paredes do moinho para que o eixo não se movimentasse no sentido axial. É que o montador não sabia que o fabricante de mancais recomenda usar anel retentor de rolamento para travar os mesmos e não deixar andar o eixo. Fora que se trava só um rolamento o de maior esforço, o outro tem que poder se movimentar no sentido axial para compensar a dilatação do eixo em serviço. Dessa forma o montador matava o efeito auto compensador dos rolamentos somado a um eixo empenado a quebra era inevitável.



Falei com o dono e propus projetar um moinho similar que daria a mesma produção, mas não teria os problemas de quebra. Aí surgiu o MG01.

Que foi cortado no maçarico e pintado as presas e teve que entrar em funcionamento sem acabamento como proteção de correis.






O MG01 depois de terminado só recebeu chibata, mas ele é valente e não foge da luta.

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