Quando vi estes moinhos entendi na hora por que quebravam
com tanta frequência. Eles trepidavam de
tal forma que não se podia conversar perto que ninguém escutava.
Falei para o dono é só comprar um moinho de marca é esta
todo resolvido. Deve ter no mercado moinhos desse tipo que atendam suas
necessidades. Me respondeu existem moinhos similares muito bons, mas não me
atendem, a produção é muito baixa. Fiquei intrigado e lhe respondi que ia
estudar o caso.
Primeiro descobri que não existem no mercado moinhos desse tipo com essa
produção. Os moinhos de martelo que existem no mercado foram projetados para
moer grãos e isso eles fazem muito bem. Mas não são projetados para moer galhos
de árvore ou pedaços de madeira, para isso existem as forrageiras que foram
projetadas para triturar galhos grandes e não galhos já triturados e que
precisam ser triturados novamente. Os galhos e restos de madeira necessitam ser
moídos a um tamanho bem pequeno para poder se fazer um bom briquete, se não
este se desmancha ao sair da briquetadeira.
Então estudei os moinhos problemáticos que mesmo sendo muito
ruins tinham uma boa produção. Existiam vários deles todos parecidos, mas
nenhum igual ao outro. Os rolamentos eram trocados quase mensalmente e os
mancais não duravam seis meses por que como os rolamentos engripavam
danificavam os mesmos.
Percebi o porquê de tanta quebra de mancais e rolamentos.
Além de os rotores ser mal projetados e fabricados por pessoa sem nenhum
conhecimento técnico quanto a empenamento por soldagem, os mancais eram fixados
colados as paredes do moinho para que o eixo não se movimentasse no sentido
axial. É que o montador não sabia que o fabricante de mancais recomenda usar
anel retentor de rolamento para travar os mesmos e não deixar andar o eixo.
Fora que se trava só um rolamento o de maior esforço, o outro tem que poder se
movimentar no sentido axial para compensar a dilatação do eixo em serviço.
Dessa forma o montador matava o efeito auto compensador dos rolamentos somado a
um eixo empenado a quebra era inevitável.
Falei com o dono e propus projetar um moinho similar que
daria a mesma produção, mas não teria os problemas de quebra. Aí surgiu o MG01.
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